
Estrelas perdidas num céu infinito, brilhando desesperadamente, numa busca incessante de um local para repousar.
Estrelas irrequietas, parecendo abelhas procurando pólen, criam uma espécie de matéria que ofusca o azul do céu quando o dia precede á noite.
Os dias e as noites jamais foram os mesmos. Durante o dia não se via o azul do céu, o sol já quase não dava ares da sua graça e na noite a lua já pouco brilhava.
Um céu confuso que perdera a sua identidade por longos instantes e vira tudo modificado de um momento para o outro.
Já nada era como antes, em que o céu tinha a sua beleza rara, juntamente com os seus constituintes.
O céu era radioso com o seu azul próprio, o sol irradiava esperança de cada vez que erguia os seus raios, a lua provocava sentimentos especiais com a sua beleza e as estrelas realizavam os desejos daqueles que faziam pedidos assim que vissem uma estrela cadente a passar.
A vida das pessoas tornava-se um pouco aborrecida.
Os dias já não eram os mesmos, estavam a tornar-se repetitivos, monótonos, já quase nada fazia sentido, pelo menos sem a existência de algo que distinguia a luz das trevas. Cada vez se tornava mais cansativo viver assim numa escuridão que parecia não ter fim, tudo porque as estrelas lá no céu sentiam-se perdidas e as pessoas também começavam a agir como se não soubessem qual o rumo a tomar nas suas vidas.
A reacção das estrelas veio alterar o quotidiano de todos os seres existentes na terra. Mas toda aquela agitação lá no céu não poderia continuar assim, haveria um dia em que tudo aquilo acabaria por terminar e a vida voltaria a seguir o seu rumo de sempre, o dia-a-dia voltaria à sua normalidade.
Quando todos menos esperavam um novo dia nasceu com o sol ainda mais radioso, com os seus raios a quererem dar as boas vindas ao novo dia.
E a seguir veio uma noite magnifica com a lua a erradiar sentimentos profundos nas pessoas que agora viam as suas vidas voltarem ao normal.
E finalmete as estrelas encontrariam o seu lugar para repousar, e lá no céu cada um voltou a exercer a sua função de sempre.